segunda-feira, 4 de abril de 2011

Tratamentos complementares para Artrite Reumatóide

Erva Baleeira

Cordia verbenacea, popularmente chamada de Erva baleeira é um arbusto, nativo de nosso país, pode alcançar até 2 metros de altura e é encontrado em todo o litoral brasileiro, principalmente em Santa Catarina.

Popularmente, a Erva baleeira, que também é conhecida como Maria-preta, Maria-milagrosa, Catinga de barão ou Pimenteira, é utilizada no tratamento da úlcera gástrica, artrite reumatóide e diversos processos inflamatórios e infecciosos.


Nos anos de 1990 e 1991, o farmacologista Sertié, o bioquímico Sylvio Panizza, ambos da Universidade de São Paulo, juntamente com uma equipe multidisciplinar, publicaram estudos sobre a ação antiinflamatória da Erva baleeira.

Em 2004, pesquisadores Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal de São Paulo, PUC-Campinas e Universidade de Campinas em parceria com um importante Laboratório Farmacêutico, finalizaram a pesquisa na qual o alfa-humuleno encontrado no óleo essencial foi identificado como ativo responsável pelas propriedades terapêuticas desta planta.

Hoje, a Erva baleeira é indicada nos casos de artrite, artrose, tendinite, dores miofasciais, LER (lesão por esforço repetitivo) e outros processos inflamatórios dolorosos. Pode ser encontrada no mercado de medicamentos na forma de creme contendo o óleo essencial da planta para uso tópico, ou seja, para ser aplicado no local da dor.

Mecanismo de ação

 A inflamação é uma reação do organismo frente a uma agressão ou a uma lesão. Envolve diversas reações bioquímicas cuja missão é conter e isolar a lesão, destruir microorganismos invasores, inativar toxinas e conseguir o reparo e a cura. No entanto, este processo é nocivo, e pode causar lesão progressiva do órgão e perda de sua função.

O alfa-humuleno presente na Erva baleeira atua impedindo a atividade de uma enzima chamada cicloxigenase 2 (COX-2), enzima responsável pela produção de prostaglandinas (uma das substâncias responsáveis pelas reações inflamatórias e seus sintomas), assim como outros antiinflamatórios e analgésicos já existentes no mercado, como o ácido acetilsalicílico, porém, sem efeitos indesejáveis.

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